Algumas coisas, mesmo estando por escrito, são difíceis de acreditar.
É o caso desse “despacho”, que só acreditei ser verdadeiro por ter pessoalmente manuseado o processo judicial de onde o mesmo foi retirado.
O Ministério Público do Estado instaurou inquérito para averiguar possível ocorrência de conduta tipificada e – uma vez convencido da prática criminosa – o Digno Promotor de Justiça se manifestou com esta incrível promoção:
Alguém, por favor, pode me fazer o obséquio de explicar isso? Vai mandar o inquérito para quem? O Estagiário vai fazer O QUE?
É, senhoras e senhores, tenham cuidado com os estagiários dedicados do Ministério Público, já que aparentemente adquiriram o poder de oferecer denúncia criminal à Justiça.
Já estou convencido. O mundo vai acabar mesmo em 2012.
Eu já imprimi o Post. Tenho aula hoje no CIESA, vou levar para os meus alunos lerem. Eles realmente ficarão felizes em saber o poder que um estagiário tem. Eu acho, inclusive, que os juízes poderiam aproveitar o modelo do Ministério Público e ordenarem a conclusão dos autos ao estagiário da Vara para que seja proferida a sentença.
Noooooooooossa!
Pow Daniel… tu ta de sacanagem, né? Isso aí é pegadinha tua! Só pode!
hahahaha
Que Beleza, NOT!
YES, WE CAN !
Isso foi o fim mesmo!!!!!!!….é dificil de acreditar.
Cruz credo!
Só lamento que enquanto estive no exercício da magistratura não havia esta moleza, não. Que pena!
O CNMP deve estar satisfeito por estes estagiários tão dedicados ajudarem a desafogar o MP.
Sequer havia “escrivães” suficientes nas varas.
Não acho que seja o fim, apenas a confirmaçào do que todos sabiam, não só no MP, mas o judiciário em geral é movimentado ou por estagiários ou por voluntários.
Nas ações, abri-se vistas ao MP e demora anos para um simples parecer negando nosso pedido, alegam nestes casos acumulo de trabalho. Sabemos que é o escragiário o faz tudo no judiciário.
Coisas de Brasil
É…. E assim segue a vida…. http://blex.com.br/index.php/2011/dia-a-dia/1568
Acho divertido ler os comentários com os dois lados da moeda: de um lado advogados “abismados” com a situação (por óbvio, não foi surpresa alguma para ninguém descobrir que quem escreve a maioria das coisas no Judiciário são os estagiários), de outro, estagiários felizes e saltitantes por FINALMENTE terem seu trabalho “admitido” e reconhecido de alguma forma.
YES WE CAN! (2)
Adorei! Hahahaha.
“Yes, we can!” é do cacete!…
Esse estagiário não fará prova da Ordem, se inscreverá no quinto constitucional para o STJ, sem rodeios nem titubeios.
Na minha época de estagiário o meu trabalho ficava “nas sombras”, não era tão divulgado assim
Não há motivo para tanto espanto, tal despacho é tão somente uma constatação do que ocorre no serviço público, pois de alguns anos para cá, descobriu-se a mão de obra dos DEDICADOS ESTAGIÁRIOS que fazem as vezes dos servidores concursados e custão muito menos, só não possuem autonimia para assinar nada.
Mas do jeito que as coisas andam e no caso em tela vê-se como é grande o pder do Dedicado Estagiário!
Se houvesse uma Associação dos Estagiários de Direito no Amazonas, esse cara seria o Presidente.
YES, WE CAN!!! (3)
Assimilando melhor essa idéia, e agora convencido que não se trata de uma “pegadinha” do Daniel, acabei me lembrando de um episódio.
Tive a oportunidade de compor o NPJ de uma faculdade particular por dois anos, e neste ínterim, me deparei com uma situação que me lembrou muito este caso.
Determinado dia uma estagiária (no início do ano letivo – aluna do 5º ano) chegou comigo e disse:
“Professor, faço estágio em uma vara de família há 6 meses, e no mês passado eu comecei a fazer sentenças”.
Imediatamente eu a indaguei: “Sério? Que tipos de sentenças? Sentenças de mérito, ou apenas terminativas?”
Daí ela respondeu: “Não professor, eu decido mesmo… Decido guarda, alimentos, direito de visitas etc…”
Finalizei respondendo: “Olhaaaa, que legal! Parabéns, Doutora!” (Mas por dentro quis me matar! Isso me intrigou por algumas semanas…).
Enfim, embora seja esta uma prática comum (estagiários “dedicados” elaborarem denúncias, despachos, sentenças, etc…), não posso, de forma alguma, me resignar com tal atitude!
Penso que não podemos, a despeito da prática corriqueira, compreender tal questão como normal! Que isso sirva de reflexão!
Informação Importante: Não é pegadinha!
O estagiário é dedicado mas o promotor é desleixado. A lei não tipifica fatos, como ele mencionou. Tipifica condutas.
Pilheira, aposto que parte deste blog é escrito por estagiários também. Quem nunca foi estagiário e sabe como as coisas funcionam. O cara, pelo menos, teve o trabalho de analisar o fato antes e determinar a elaboração de esboço de peça. Se o pau, é porque houve elogio ao dedicado estagiário, de duas uma, ou o cara valoriza o trabalho de quem está ao seu lado, ou, então, há um lance que é problema deles (ele, ela ou ele, ele). Rapaz, bote o que presta neste blog.
Isso é que é estagiário competente rsrsrsrsr: http://blex.com.br/index.php/2011/dia-a-dia/1568
@Duralex,
Talvez foi o próprio estagiário quem redigiu o despacho, e creditou tudo a si próprio. O desleixo do promotor é tão grande que nem se deu ao trabalho de ler o despacho, quando mais de redigi-lo.
Eu já tinha visto casos assim.
O membro do parquet usou o “Princípio do Estagiário Natural”.
Como disse o Jocione Souza Junior, isso é apenas a comprovação de algo mais que comum: os estagiários é que pegam o serviço pesado. Isso me faz lembrar uma célebre frase das aulas de História: a de que “os escravos eram os pés e mãos do senhor de engenho”. No presente caso, podemos transformar a frase para: “Os estagiários são os pés e mãos do Judiciário e do Ministério Público.”
Isso me faz lembrar quando fui estagiário em um Juizado Especial Cível. O Juiz (cujo nome não vou mencionar por questões éticas) uma vez chegou comigo com uma sentença que ele elaborou, e me perguntou: “O que você acha dessa sentença? Ficou boa?” Na hora, imaginei que ele estivesse me testando, mas depois fiquei pensando que talvez ele quisesse a minha aprovação…
É, meu caro Luiz Wanderley…
Quando se chega a esse ponto (de um magistrado submeter sua própria decisão ao crivo e análise de um estagiário) é pq as coisas estão péssimas!
Com todo respeito e apreço aos milhares de estagiários dedicados (até pq tal atividade é imprescindível ao amadurecimento da formação profissional, e tds nós já fomos), mas esse juiz aí que vc se referiu deveria ter vergonha na cara e montar uma banquinha de frutas para vender na feira. Pois, certamente, são pessoas como ele que tornam por retromarchar contra a justa e eficiente prestação jurisdicional.
Li e reli todos os comentários postados aqui nesse blog. Contudo, ao analisar a questão enfoque esse (estagiário) pelo menos recebeu o apreço do juiz e o resto “quer não quer nada com nada” , só querem fazer “loby”
Aliás, do Promotor “competente”..rsrsrsrsrsr
Hahahah muito bom! O tipo de coisa que todo mundo sabe que acontece mas a gente finge que não vê…
Vcs têm que dar um jeito de a gente divulgar o blog pelo Facebook e outras redes e não só pelo Twiter…
Pô Daniel, disse o milagre mas não disse o santo! divulga aí o nome do promotor ou número do processo, ele é público rsrsrsrs
YES WE CAN! (4)
É lastimável uma situação dessas… acho legal a confiaça que dão aos estagiários… mas confiar totalmente é demais.
Sou estagiária também, mas nem por isso meus superiores deixam de “revisar” o que eu faço.
Pior fui eu que tive uma sentença em desfavor redigida pelo próprio estagiário que… ham ham, me detestava, e fez questão de deixar isso bem claro tanto na sentença, quanto no tete a tete.
Yes we can 5!
salve-se quem pudeeeeeeeeer!!!
E o O Juiz?
Ah! o Juiz era apenas um… detalhe.
[...] último post que publiquei, com cópia do despacho de um promotor que encaminhava autos para seu estagiário formular a denúnci…, gerou uma pequena onda de repercussão. Recebi desde pedidos de promotores para publicar o autor [...]
sei não, mas acho que cada macaco no seu galho… muito embora saiba que quem trabalha são os dedicados orelhas… esse é o tipo de despacho que ninguém quer ler, afinal, de quem é a competência mesmo?!
Essa Vergonha acontece diãriamente em todas aS INSTÂNCIAS
nisso que dá ser estagiário dedicado. concurso pra juiz pra quê né? #NOT http://blex.com.br/index.php/2011/dia-a-dia/1568