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Fazendo Direito (ou não?)

Apenas para adicionar combustível na polêmica sobre a qualidade do ensino jurídico nas faculdades particulares, noticio que o Diário Oficial da União de ontem publicou portarias que põem duas instituições de ensino jurídico em Manaus na mira do MEC.

No caso mais simples, o MEC abriu processo administrativo visando aplicar a penalidade de desativação, com a possibilidade de convolação em redução adicional da oferta de vagas.

No caso mais cabeludo, o MEC determinou cautelarmente a suspensão do vestibular de 2010, e iniciou processo administrativo visando a desativação do curso em Manaus.

Quais são as tais instituições? Nilton Lins e Unip/Manaus, respectivamente.

Abaixo, o inteiro teor de ambas as portarias.

PORTARIA Nº 1.794, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009

Adotando por base os fundamentos expostos na Nota Técnica nº 1706/2009-CGSUP/DESUP/SESU/MEC, que demonstrou que (i) o Centro Universitário Nilton Lins cumpriu parcialmente as medidas e condições estabelecidas em Termo de Saneamento de deficiências celebrado com a Secretaria de Educação Superior em relação ao seu curso de Direito ofertado no município de Manaus/ AM; e que (ii) há possibilidade de modulação dos efeitos da penalidade de desativação do curso, com possibilidade de convolação em redução adicional de vagas, em atenção ao princípio da adequação entre meios e fins na aplicação de sanções necessárias ao atendimento do interesse público; em atenção aos referenciais substantivos de qualidade expressos na legislação e nos instrumentos de avaliação dos cursos de Direito, e às normas que regulam o processo administrativo na Administração Pública Federal; e com fundamento expresso nos art. 206, VII, 209, II, 211, § 1º, e 214, III da Constituição Federal, no art. 46 da LDB, no art. 2º, I, VI e XIII da Lei nº 9.784/1999, e nos art. 49 a 53 do Decreto nº 5.773/2006, a Secretária de Educação Superior, no uso de suas atribuições legais, resolve:

Art. 1º. Instaurar processo administrativo para aplicação de penalidade ao curso de Direito do Centro Universitário Nilton Lins, ofertado no município de Manaus/ AM, objetivando a desativação do curso, com possibilidade de convolação em redução adicional de vagas de sua oferta.

Art. 2º. Designar o Coordenador-Geral de Supervisão da Educação Superior, da Diretoria de Regulação e Supervisão da Educação Superior, desta Secretaria, para a condução do processo.

Art. 3º. Determinar a notificação da Instituição para apresentação de defesa, no prazo de 15 dias contados do seu recebimento.

MARIA PAULA DALLARI BUCCI

PORTARIA Nº 1.793, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009

Adotando por base os fundamentos expostos na Nota Técnica nº 1702/2009-CGSUP/DESUP/SESU/MEC, que demonstrou que (i) a Universidade Paulista – campus Manaus não cumpriu satisfatoriamente as medidas e condições estabelecidas em Termo de Saneamento de Deficiências celebrado com a Secretaria de Educação Superior em relação ao seu curso de Direito ofertado no município de Manaus/ AM, especialmente em relação a aspectos essenciais para o efetivo saneamento e a reestruturação do curso; e que (ii) há possibilidade ou fundado receio da ocorrência de lesão irreparável ou de difícil reparação ao direito da coletividade representada pelos alunos e possíveis ingressantes nos cursos; em atenção aos referenciais substantivos de qualidade expressos na legislação e nos instrumentos de avaliação dos cursos de Direito, e às normas que regulam o processo administrativo na Administração Pública Federal, e com fundamento expresso nos art. 206, VII, 209, II, 211, § 1º, e 214, III da Constituição Federal, no art. 46 da LDB, nos art. 2º, I, VI e XIII, e 45 da Lei nº 9.784/1999, e nos art. 48, § 4º, e 49 a 53 do Decreto nº 5.773/2006, a Secretária de Educação Superior, no uso de suas atribuições legais, resolve:

Art. 1º. Instaurar processo administrativo para aplicação de penalidade de desativação do curso de Direito da Universidade Paulista, ofertado no município de Manaus/ AM.

Art. 2º. Determinar medida cautelar de suspensão de novos ingressos no curso de Direito da Universidade Paulista, ofertado no município de Manaus/ AM, a partir do primeiro semestre letivo de 2010.

Art. 3º. Designar o Coordenador-Geral de Supervisão da Educação Superior, da Diretoria de Regulação e Supervisão da Educação Superior, desta Secretaria, para a condução do processo. \

Art. 4º. Determinar a notificação da Instituição para apresentação de defesa, no prazo de 15 dias contados do seu recebimento.

MARIA PAULA DALLARI BUCCI

24 comments to Fazendo Direito (ou não?)

  • Isabella Jacob Nogueira

    Finalmente resolveram tomar alguma atitude em relação à péssima qualidade do curso ofertado pelas duas instituições.
    Só me preocupa o futuro dos poucos alunos bons que terão estampado em seus currículos o nome de uma universidade cujo curso foi ou pelo menos ameaçou ser desativado.
    Ao menos isto servirá para que o ensino jurídico no Amazonas torne-se mais sério e, quem sabe um dia, mais respeitado.
    Vamos esperar para ver!

  • Gato Escaldado

    Nem acredito que essas instituições de ensino possam vir a fechar.
    É lamentável. Só temos a perder.
    Com todo o respeito que tenho por todas as profissões, estamos perdendo a oportunidade de ter, bem antes da copa de 2014, profissionais do setor de transporte de alto gabarito, bem como agentes de trânsito, praças da polícia militar etc.
    Que pena.
    Espero que o MEC reveja essa situação.

  • Advogado Antigo

    Não mancha não querida Isabella, até porque ninguém quer saber onde o advogado formou-se, e sim se ele tem conhecimentos juridicos, ninguém pede diploma para advogado e sim a identidade funcional da OAB, que pelo que eu saiba ou pelo menos na minha, não vem informando a instituição que ele concluiu o curso, não interessa onde o profissional terminou o curso juridico, UFAM, NILTON LINS, CIESA, UNIP, ETC……

  • Susan Hockfield

    É uma pena que o curso de direito da Nilton Lins, pioneiro entre as particulares de Manaus e que teve uma excelente estrutura no começo, tenha deixado decair a qualidade a um nível tão rasteiro. Relembro a disputa pelas vagas, com portadores de curso superior pagando “luvas” de R$ 5.000,00 para ingresso sem vestibular, quando a NL estava sozinha no mercado.

    Já a UNIP, essa nunca teve, nem por um breve espaço de tempo qualquer preocupação com a qualidade, caracterizando-se como uma fábrica de diplomas, no que foi acompanhada, é de se lamentar, pela atual administração da Nilton Lins.

    Como era de se esperar, seus resultados nas provas da OAB são ridículos.

  • Daniel Fábio Jacob Nogueira

    Advogado Antigo,
    Isso é verdade para quem já tenha alguns de carreira, onde a reputação como profissional vale mais do que a instituição. No entanto, logo ao sair da faculdade, faz uma diferença imensa. Conheço empresa que liminarmente rejeitam currículos de alunos da UNIP, por exemplo. Assim, as melhores oportunidades imediatamente após a graduação estão reservadas a egressos de instituições mais respeitadas. Portanto, o aluno da UNIP tem que ralar mais nos primeiros três anos de profissão do que, por exemplo, seus colegas da UFAM.

  • Mariana

    Eu estudo na UNIP, e falando a sinceridade, passei VÁRIOS PERÍODOS SEM TER AULA, professor lá, são poucos os que comparecem pra dar aula, motivo para não dar aula tem de sobra: Novela, jogo, viagem de professor com compromissos em outros Estados, o salário que eles não recebem, (isto é dito aos alunos por alguns professores), sem falar que professores entram na sala e simplesmente leem, verdade! Eles ficam lendo, durante duas horas..e os alunos olhando pra eles com cara de loucos..Ali, tudo oq vc reclama não é levado a sério por ninguém, não tem livros, acreditem, todos são de 1987, raríssimos são de 2005, e deste ano então não existe um sequer, aquele comercial que é veiculado na TV, é pura ilusão, oq mais de deixa indignada é que quando o professor tem mestrado, dá uma baita aula sem olhar em papelzinho, ele geralmente não tem postura alguma de professor, nem de militante da área jurídica, tem professor lá que só falta de ir de chinelo dar aula..falta de respeito né?
    Imagem como devem ser seus gabinetes…Como devem ser tratados seus servidores…
    É isto ocorre na UNIP MANAUS, eis a realidade…

  • Soares

    Tudo oque foi dito pela colega é vergonhoso, mas tenho de admitir que ela está falando a verdade.
    Estudo lá desde 2006, e em 2007 já ouvi rumores sobre o curso de Direito lá ser fechado,me arrependo amargamente de ter estudado lá todo este tempo.
    Lá tem professores maravilhosos que dão aula mesmo, posso até citar nomes, mas para não desmolarizar ngm, até pq quem sou eu pra fazer isto, prefiro não citar, quem é bom professor está com a consciencia livre, vai sair de lá e dar aula em alguma outra universidade que preste, tem professor lá que da nota pela aparencia do aluno, se a aluna for linda, por exemplo, e pedir um ponto a mais, ele dá, se for um aluno meio feio, ele não dá, se for parente do governador, ele dá até dez, mesmo o aluno jamais ter ido as aulas, enfim, um verdadeito caos…

    Podem até defender a UNIP, mas me desculpem é a verdade apenas, triste, que envergonha os brilhantes alunos que ja passaram por lá, inclusive com primeiros lugares no Exame, mas isto nao foi por conta da UNIP, foi pq eles preferiram estudar em casa mesmo…

  • Norberto Viena

    O Advogado Antigo diz que não importa qual a escola de onde provém o profissional. Segundo ele o que importa é o seu conhecimento jurídico. Essa observação é paradoxal e contém evidente inconsistência, simplesmente porque o conhecimento jurídico do profissional depende, em larga parte, da escola onde ele estudou. E não sou eu quem diz isso, são dados estatísticos indiscutíveis que demonstram a baixíssima taxa de sucesso, no Exame de Ordem e demais concursos na área jurídica, de bacharéis oriundos de faculdade de direito de qualidade duvidosa.

    O mercado, atento à realidade social, adaptou o antigo aforisma que passou a ter um novo significado: “Dize-me onde estudaste que eu saberei o que és”.

    Essas escolas são ruins porque escolheram ser assim e recebem, dessa maneira, os estudantes que merecem.

  • Isabella Jacob Nogueira

    Advogado Antigo,
    Concordo com o Daniel quando ele cita a dificuldade encontrada pelos egressos destas instituições ao procurar vagas no mercado de trabalho.
    Por ser antigo na área, deve saber que nesta profissão é necessário todo um preparo durante a faculdade. Ninguém termina a faculdade sem sequer ter trabalhado um dia como estagiário e inicia a profissão em um bom escritório. O que geralmente acontece com os que querem seguir na advocacia: trabalham inicialmente como estagiários em escritórios jurídicos, almejando uma possível contratação ao obterem sua OAB e, deste ponto, iniciam o crescimento de sua carreira.
    Sou estudante universitária de uma instituição respeitada no estado, entretanto, percebo a dificuldade encontrada por colegas que estudam nas referidas universidades em conseguirem ao menos uma vaga de estágio em um escritório sério, pelo hábito que estes têm de simplesmente recusarem os currículos de todos aqueles pertencentes a estas faculdades, por sua conhecida má fama. Se estes jovens não conseguem NEM estagiar em bons escritórios durante a faculdade, dificilmente conseguirão boas oportunidades ao saírem dela.

    —-

    Soares,
    Acho que o maior problema da UNIP é justamente esta fama que ela tem de não reprovar alunos. Temos um jovem vereador que é exemplo daquilo que mancha a reputação da universidade.
    Sem citar nomes, é um rapaz cujo nítido despreparo intelectual é conhecido por muitos e, por ser egresso desta instituição, coloca em xeque os critérios adotados pelos professores para avaliação e conseqüente aprovação de seus acadêmicos.

  • Aluno UNIP

    Era de se esperar, apesar de ser aluno UNIP, sei a situação em que ela se encontra. Professores que não dão aula, preocupados com seus casos judiciais de autas autoridades do municipio, outros que não recebem e mandam cartas para os alunos dizendo que foram demitidos porque cobraram seus salários, um coordenador qie já foi apelidado de “lombarde” pois ninguem nunca vê ele.
    Quando vamos cobrar as reposições de aulas formam um grupo para se protegerem, os professores ficam soltando indiretas na sala de aula para os alunos, como se cobrar pelo que estamos pagando fosse errado.
    Nem todos os alunos são mal alunos, pelo contrário há excelentes alunos, que tentam estudar e buscam conhecimento. O mercado é duro e exigente e sabemos que só o fato de sair a noticia já tira a credibilidade da qualidade do curso e da formação que estamos recebendo.

  • Alunos UNIP

    Na UNIP existe bons alunos, alunos excelentes, enfim, como em qualquer outra instutuição de ensino, ocorre que este fato simplesmente “queimou” a imagem dos alunos, não importa se é um bom aluno ou não, estão todos no barco UNIP e ele está prestes a afundar.
    O que foi dito acima pelos colegas não passa de realidade, quem estuda lá sabe como é, quem não estuda, sabe da fama. E quem pretendia estudar, a esta hora deve ter corrido para as demais universidades.
    Sobre o fato de nÃo ter aula lá, é verdade, sobre o fato de professores não serem qualificados, concordo em partes, lá temos excelentes professores, e temos péssimos também, não podemos generalizar, mas a realidade é mesmo cruel para os acadêmicos da UNIP, inclusive acredito que todos devam ser reparados pelo ocorrido, o que a UNIP faz com seus alunos é enganação, e o pior é que muitos não poderão sair de lá, pois se saírem irão para o 6 p, ou 7p em outras universidades, ou pior, dependendo da universidade irão para o 5p!! Um absurdo isso! Regredir um ou dois anos!!! Perder mais de R$10.000,00 em um ano, é de se ficar muito triste mesmo! E para os que ficarem restará a vergonha estampada na cara.

  • O ACREANO

    CONCORDO COM O ADVOGADO ANTIGO. QUER CONHECIMENTO? CORRE ATRÁS. VAI QUEIMAR PESTANAS (LER MUITO). HOJE NINGUÉM PODE SE DESCULPAR. TEMOS OS SITES QUE NOS DÃO TODO TIPO DE INFORMAÇÃO.
    VC PODE SE FORMAR NA FACULDADE MENOS IMPORTANTE, O QUE VAI IMPORTAR É O INTERESSE PELO CONHECIMENTO.

  • Manu Bastos

    Isso mesmo, queimem as pestanas! Mas de preferência, em uma universidade com um conceito bom pelo MEC.

  • = D

    Encontrei o blog por acaso, mas não posso deixar de comentar!!
    Todos os alunos da UNIP estão horrorizados com essa portaria, tem alunos pulando pela janela e se jogando em outras faculdades, com medo que o curso feche e percam seus períodos.

    Hora meu Deus, se o curso fechar, fechará para novos alunos,os períodos já cursados e os que ainda faltam são reconhecidos pelo MEC. Desta data em diante é que não mais será reconhecido o curso.

    Sinceramente, acho difícil o curso fechar, a UNIP deve ter bons advogados, talvez formados pela USP, UNB ou similares…

    Quanto ao caso de ser aceito em um bom escritório, não é preciso de diploma de uma boa faculdade, pois em regra geral os bons escritórios só aceitam familiares e afins para trabalhar, ora não ache que pelo fato de ter se formado pela UFAM ou UEA seu trabalho será esperar que algum escritório de advocacia lhe chama para trabalhar e que vocë irá cobrar R$ 300.000,00 por um habeas corpus, ora, você ainda não é o Felix Valuar, mas se você for o neto dele… creio que uma boa indicação ajuda mais que uma formação em uma boa faculdade.. afinal todos são advogados.

    E quase esqueci… estudo lá e o curso é realmente muito ruim

  • Florzinha do Lácio

    Caro “= D”,

    Não precisava nem comentar que é aluno da Unip e que o curso é muito ruim, só de ler o “Hora” onde deveria ser “Ora”, a violência ao nome do ilustríssimo Felix Valois (que qualquer um que tem contato com o mundo jurídico sabe escrever, devido às últimas eleições da OAB e aos milhares de banners espalhados pelos tribunais, fóruns e faculdades), já foi algo previamente percebido.
    Creio que quando falou dos “bons advogados formados pela USP, UNB ou similares” referia-se aos professores. Só um esclarecimento aos outros leitores, pois decifrar seu texto requer um pequeno esforço.

    É por estes e outros motivos que o curso da Unip deve, sim, ser fechado. Imaginem os advogados de amanhã se a instituição permanecer no nível que se encontra hoje! É vergonhoso. REALMENTE vergonhoso.

  • Wallace

    Concordo com o MEC, não se pode permitir que as faculdades virem linhas de montagens, é patente o crescimento da oferta de vagas na área juridica, hoje as faculdades de direito, viraram um cursinho, para o ingresso a vida pública, atraves dos concursos. As faculdades como entidades que buscam o lucro, veem nisso uma oportunidade, você os culparia por quererem lucrar.
    Poucos alunos do curso de direito querem realmente advogar, nada contra os que querem seguir outros caminhos, como exemplo, a magistratura, mas eu nasci pra advogar, pois me é prazeroso sentar todos os dias no banco da faculdade ou estar no meu estágio fazendo petição, sei que é um caminho árduo, mas não menos lindo.
    Como sempre deixei minha paixão pelo direito falar mais alto, e acabei fugindo do assunto. A faculdade de direito é apenas um instrumento pelo qual, pode-se conseguir um diploma, mas o conhecimento, temos que buscá-lo todos os dias. Seja na melhor ou pior faculdade, os professores estão lá, sempre pra tirar duvidas, basta que nós ” alunos” procuremos tirá-las,mas pra isso precisamos ler, estudar, bucar o aprendizado.
    O advogado nasce da vontade, da paixão, do desejo, da persistêcia e não tão somente do nome da instituição.

  • Alunos indignados!

    Quero aqui deixar a minha indignação, pois os alunos da UNIP são tradados como um bando de lixo!
    A secretaria de lá é repleta de péssimas atendentes, elas nunca sabem responder as simples perguntas a elas elaboradas, são despreparadas e só sabem falar ” estaremos providenciando” frase esta totalmente errada, além do mais, nada é resolvido em Manaus, outra informação dita por elas é “a UNIP São Paulo estará verificando”, oras, nunca me matriculei na UNIP SP!
    Esta UNIVERSIDADE É O EXEMPLO CLÁSSICO DE FRAUDE!
    Nos folders são publicadas informações enganosas.
    Lá os professores dizem que o aluno tem que estudar, eles adoram falar dos alunos, mas jamais falariam das asneiras que cometem em sala de aula, do não cumprimento dos prazos! Será que na PUC os professores atrasam a entrega das notas para a secretaria?
    Me recuso a acreditar que sim.

    AO MEC PARABÉNS!
    AGORA É RUMO AS INDENIZAÇÕES!

  • Leo

    onde você estuda Isabella Jacob Nogueira?

  • Alunos

    Cabe indenização neste caso Dr. Daniel Nogueira?

  • Daniel Fábio Jacob Nogueira

    Alunos: Acredito que sim. A instituição tem o dever de atender aos requisitos do MEC. Não o fazendo, afeta diretamente o direito dos alunos, prejudicando tanto a imagem dos profissionais formados pela instituição (danos morais) como também ocasionando lucro cessantes por conta da diminuição da empregabilidade de seus egressos. Dava sim uma bela ação coletiva….

    Leo: A Isabella estuda na UEA.

  • Indignação

    Venho manifestar minha indignação com o grupo UNIP, estudo em uma faculdade do grupo em Vitória -ES, e como disse o colega acima, nós alunos somos tratados como bando de lixo!
    Estou com vários problemas na faculdade, já entrei com vários recursos e não tenho resposta de nada, agora será no âmbito jurídico que terei que resolver as pendências, ninguém resolve nada lá, secretaria, tesouraria, coordenação e diretoria são meras figuras decorativas, tudo é São Paulo que tem que resolver, e desta forma, ficamos desamparados, está insustentável a situação, uma total falta de respeito.

  • Aluna 2010

    fico ainda mais decepcionada ao tomar conhecimento de todas essas informações, ao saber que atualmente (em 2010) não mudou muita coisa! ainda existe a ameaça de encerramento do curso, professores descompromissados, infraestrutura precária, pouco investimento, enfim… tudo o que já deve ser de conhecimento de muitos alunos. Levo em consideração tudo o que foi dito anteriormente aqui, tanto no que diz respeito à faculdade quanto aos alunos, sei que é preciso esforço do aluno sim! é necessário “queimar pestanas”, mas se fosse apenas pelo esforço próprio não haveria a necessidade de estar matriculado em qualquer instituição de ensino superior, não é mesmo? se todos pagam, que tenham uma “mercadoria” de qualidade! é realmente vergonhoso estar numa instituição que visa quantidade e não qualidade.

  • Liliane

    Ola dr. Daniel…esse ano eu comeco a faculdade de DIREITO NA UNIP….e confesso que fiquei extremamente assustada com quantidade enorme de comentarios relacionados a esta faculdade…entaoo que o senhor me sugere???
    obs: eu gosto muito de estudar

  • Luiz Wanderley

    Sou advogado, e me formei na UFAM. Na época em que prestei vestibular, só haviam três universidades no Amazonas: UFAM (na época UA), Nilton Lins e CIESA. Passei nos vestibulares da UFAM e do CIESA, mas optei pela a UFAM, principalmente porque era um grande desejo em particular, pois três gerações da minha família estudaram na nossa velha e querida Jaqueira.

    Uma coisa que observei lá é que, na maioria das vezes, são os alunos que, de fato, fazem a universidade. Eles é que dão renome a ela, e não o inverso (ou, pelo menos, é como deveria acontecer sempre). A maior carência na UFAM é de estrutura (e creio que isso não mudou muito), mas quanto ao corpo discente, posso afirmar aqui que todos os meus colegas de faculdade eram alunos esforçados e inteligentes (alguns mais inteligentes do que esforçados, diga-se de passagem). Nossa biblioteca era muito carente de livros novos, vários dos nossos professores faltavam à beça. Algumas disciplinas, como Direito Processual Penal, praticamente nem tivemos. Isso nos obrigou a estudar sozinhos, ou em grupo. Claro que sentimos falta de bons professores, por outro lado, enfrentar esses obstáculos por falta de estrutura nos fortaleceu. Tivemos que nos tornar quase autodidatas. Boa parte dos bons professores da UFAM, no final dos anos 90, deixaram-na para trabalhar no Nilton Lins e no CIESA, onde eram muito mais bem pagos. Não os condeno por isso, afinal, eles precisam pagar suas contas. Para ser professor de Direito na UFAM, o sujeito é por amor à arte, não pelo dinheiro. São professores que são juízes, promotores, advogados… que não dependem do salário da UFAM para viver. Eu tinha uma professora que afirmou que o salário que ela recebia da UFAM, era todo usado para pagar a babá da neta dela. O que a sustentava eram seus vencimentos como juíza. Posso citar aqui também o caso do saudoso e querido Professor Samuel Benchimol, que doava seu salário inteiro para a Universidade, e jamais faltava a uma aula. Ministrar aulas era sua paixão, que só abandonou, relutantemente, por recomendação médica. Para quem não sabe (se é que alguém não sabe), o Samuel, juntamente com seu irmão Saul, foi um dos fundadores das Lojas Bemol (o que já permite concluir que ele não deveria ter problemas financeiros).
    Apesar dos professores faltantes, eram figuras como o Samuel Benchimol, figuras desse quilate, dessa dedicação, que nos enchiam de prazer, que faziam com que nos sentíssemos orgulhosos de sermos filhos da Jaqueira. Quem estudou lá deve lembrar bem disso. Principalmente aqueles que, como eu, estudaram todo o curso no prédio localizado em frente à Praça dos Remédios. Não sei como se sentem os alunos que jamais estudaram lá no Centro da cidade (desde que a Faculdade de Direito se mudou para o campus, há cerca de 6 anos), mas creio que não seja a mesma coisa que aquele mítico prédio, que formou tantas figuras ilustres do Amazonas.

    Deixando o saudosismo de lado, e voltando ao tema (do qual fugi completamente, admito), sobre a UNIP e tantas outras universidades particulares, acho uma injustiça essa verdadeira “segregação acadêmica” a que são relegados alunos da UNIP, Nilton Lins, entre outras. Eles não tem culpa da maneira como as instituições em que estudam são administradas. E acho que o maior responsável por tudo isso é o próprio MEC, que deveria ter usado critérios adequados na hora em que esses cursos ainda estavam sendo criados. Mas pelo visto, o Ministério da Educação resolveu abrir as pernas para centenas de cursos jurídicos pelo país, e agora quer tentar limpar a besteira que eles mesmo fizeram. Problemas como esse deveriam ter sido atacados na origem, e não agora, com milhares de alunos formados.

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